quinta-feira, 14 de agosto de 2014

I´m so fucking sorry


"Desculpa, fiquei trabalhando até tarde, não deu pra ir.
Desculpa, acabou minha bateria, só consegui uma tomada agora.
Desculpa, eu não estou bem hoje, coisa minha.
Desculpa, eu bebi demais e falei mais do que o necessário.
Desculpa, precisei sair correndo. Mesmo.
Desculpa, não tem nada a ver com você, são traumas que a vida me trouxe.
Desculpa, não liguei porque não sabia o que dizer.
Desculpa, não disse nada porque achei que você estava na sua.
Desculpa, esqueci de te apresentar, essa é Amanda.
Desculpa, eu achei que você sabia.
Desculpa, estou só dizendo a verdade.

O problema não é só o que você diz, mas como e quando você diz.
Homens que precisam se desculpar, não se aproximem. Obrigada."


Da - sempre incrível - Lia Bock.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

"Aceitamos o amor que achamos que merecemos."

    Muito mais que um trecho do livro e filme "As vantagens de ser invisível", taí uma verdade incontestável - ao menos no meu universo particular.
    Após anos com problemas de autoestima, enfim hoje olho -pro espelho e também pra dentro de mim - e aceito sou capaz de atrair algum maluco solto pelo mundo. Olha, não foi fácil, aliás, não tem sido. Levo quase como um exercício diário lembrar a mim mesma que sou sim uma pessoa interessante e quanto a aparência, também não sou lá de se jogar fora.
    Ainda assim, a pergunta que paira no ar é: por que, no fim das contas, sempre acabo me contentando com migalhas? Quase como se eu não fosse digna da atenção e respeito daquele que escolheu estar comigo. Dia após dia mendigando afeto e enganando a mim mesma, "ah, mas isso aconteceu por esse motivo" ou ele agiu desse modo por aquilo".
    Dentre intermináveis justificativas, vez em quando tenho um lampejo de bom senso. EI, MEREÇO MAIS. Juro não responder, deixar de atender e apago o número do celular - para no dia seguinte, adicionar novamente, já que obviamente não fui corajosa o suficiente para não ter anotado em algum canto de caderno.
    Sei que ainda estou em fase de transição e numa comparação com anos atrás, a evolução é notável. Ainda assim, minha hortinha de amor próprio ainda não floresceu totalmente e exige cuidados diários, como regar e, por que não, podar também.
    Sempre fingindo achar suficiente o que claramente não é. Na próxima, rasgo aquele papel com seu número em mil pedacinhos.