quinta-feira, 17 de outubro de 2013

"You said 'so go'. With such disdain, you know?"

Fonte: http://ohgoshcindy.tumblr.com/

     Achei apropriado.

   

Parem as máquinas!!!


    Olha, eu já tinha eleito segunda como o dia mais bizarro de meus 23 anos mas eis que na terça-feira sujeito me escreve que eu só fingi estar apaixonada, que não gostava de verdade e por isso deveria parar de ouvir grupos românticos, porque isso daria azar pras bandas e deveria escutar Matanza ou sertanejo (porque esse fala de balada e pegação). 

    OU SEJA.


A banal poesia contida em acidentes

     É possível aprender uma lição de vida em qualquer acontecimento banal ou eu que ando vendo o mundo mais profundo do que realmente é? Depois do dia infernal que foi a segunda-feira - baixa de pressão/quase desmaio durante o passeio de bicicleta de manhã e porrada de granizo a tarde -cheguei em casa da praia, com o rabinho entre as pernas e enrolada na canga imunda e encharcada. Fui tranquilizar minha mãe - que na verdade nem tinha se preocupado com o fato de eu estar na praia durante a chuva -, peguei a toalha de banho e fui pro chuveirinho externo tirar o excesso de areia.
    Somados, o vento gelado, o chuvisco persistente e a água fria me fizeram literalmente correr pro banheiro, em busca de um bom banho quente. Contudo, entretanto, todavia, mas, porém... Eu não contava com um obstáculo: o piso liso da garagem. Resultado? Me estabaquei. Aliás, ainda tô tentando entender porque diabos alguém coloca piso antiderrapante na cozinha/sala e não na garagem, mas ok...
    Decidi que depois do banho não levantava mais da cama e lá fiquei, pensando como as coisas sempre podem piorar. No caso, no meio do caminho tinha um piso liso, tinha um piso liso no meio do caminho, mas não se resume a isso. Quantas vezes, afetados por um problema, nos sentindo impotentes, achamos que tudo de pior já aconteceu? Não basta estar na merda, sempre existe uma variável que pode tornar tudo pior, tô aprendendo a não subestimar tio Murphy... Pôxa, já não bastavam os hematomas que as pedrinhas deixariam em mim, eu ainda precisava de dor no traseiro?

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dia descontente (e bizarro)

    Hoje quando saí de casa rumo à praia sabia que não daria tempo de tomar sol. Já tinha passado da hora, pois me resta alguma responsabilidade. Embora minha vontade de pegar uma corzinha - e assim parar de receber olhares de reprovação e conselhos estilo "tia (?), tá mesmo precisando pegar uma cor" - seja grande, o medo do famigerado câncer de pele que já causou problemas ao meu pai e ao meu tio é maior ainda.
    Pois bem, sabendo da impossibilidade de deitar bela e formosa em minha canga, já levei um livro e o inseparável celular munido de novas músicas. Mal sentei na areia senti um pingo. Ok, aqui dá uma chovidinha quase todo fim de tarde, portanto, nem tchum. Os pingos esparsos, contudo, tornaram-se constantes, mas até aí não passava de uma garoazinha de nada. Garoa essa que engrossou e virou uma chuva de pingos pesados, acompanhados de trovões, que eu, mais macho que muito homem, decidi ignorar, afinal, não sou de açúcar e além do mais, ei pessoal, por que todos estão indo embora, diabos?!
    Passaram-se cerca de 5 minutos de chuva intensa, o medo de molhar o conteúdo da bolsa - que essa hora já estava protegida por canga, chinelo e até por mim mesma - me fez decidir voltar pra casa, derrotada. Junto minhas coisinhas, a essa altura já ensopada e começo a trilhar o caminho da roça.
    Eis que, passos depois, sinto que algo atingiu minha cabeça. Olho para trás revoltada - embora soubesse que a praia estava vazia naquele trecho, exceto por euzinha - e qual não é minha surpresa ao receber mais pedradas? Pedras de gelo, pra ser mais específica. 
    SIM, EU ESTAVA TOMANDO CHUVA DE FUCKING GRANIZO.
    Chuva de granizo, na praia, onde o abrigo mais próximo era uma lanchonete fuleira que ficava a uns 200m. Quando me aproximava vi que não era a única, alguns surfistas saiam correndo do mar, com as pranchas na cabeça, ou seja, contando ao menos com um mínimo de proteção. E eu lá, linda e loira, correndo, com uma bolsa que não podia molhar, uma canga ensopada e toda suja de areia, enquanto tomava pedrada nas costas, cabeça, bunda e pernas - os calombos formados em meu corpo todo não me deixam mentir. Ficarei feliz se não estiver toda roxa amanhã.
    Que fique registrado, portanto: 14 de outubro de 2013, o dia que tomei uma surra de granizo - que, a propósito, DÓI PRA CARALHO!