segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dia descontente (e bizarro)

    Hoje quando saí de casa rumo à praia sabia que não daria tempo de tomar sol. Já tinha passado da hora, pois me resta alguma responsabilidade. Embora minha vontade de pegar uma corzinha - e assim parar de receber olhares de reprovação e conselhos estilo "tia (?), tá mesmo precisando pegar uma cor" - seja grande, o medo do famigerado câncer de pele que já causou problemas ao meu pai e ao meu tio é maior ainda.
    Pois bem, sabendo da impossibilidade de deitar bela e formosa em minha canga, já levei um livro e o inseparável celular munido de novas músicas. Mal sentei na areia senti um pingo. Ok, aqui dá uma chovidinha quase todo fim de tarde, portanto, nem tchum. Os pingos esparsos, contudo, tornaram-se constantes, mas até aí não passava de uma garoazinha de nada. Garoa essa que engrossou e virou uma chuva de pingos pesados, acompanhados de trovões, que eu, mais macho que muito homem, decidi ignorar, afinal, não sou de açúcar e além do mais, ei pessoal, por que todos estão indo embora, diabos?!
    Passaram-se cerca de 5 minutos de chuva intensa, o medo de molhar o conteúdo da bolsa - que essa hora já estava protegida por canga, chinelo e até por mim mesma - me fez decidir voltar pra casa, derrotada. Junto minhas coisinhas, a essa altura já ensopada e começo a trilhar o caminho da roça.
    Eis que, passos depois, sinto que algo atingiu minha cabeça. Olho para trás revoltada - embora soubesse que a praia estava vazia naquele trecho, exceto por euzinha - e qual não é minha surpresa ao receber mais pedradas? Pedras de gelo, pra ser mais específica. 
    SIM, EU ESTAVA TOMANDO CHUVA DE FUCKING GRANIZO.
    Chuva de granizo, na praia, onde o abrigo mais próximo era uma lanchonete fuleira que ficava a uns 200m. Quando me aproximava vi que não era a única, alguns surfistas saiam correndo do mar, com as pranchas na cabeça, ou seja, contando ao menos com um mínimo de proteção. E eu lá, linda e loira, correndo, com uma bolsa que não podia molhar, uma canga ensopada e toda suja de areia, enquanto tomava pedrada nas costas, cabeça, bunda e pernas - os calombos formados em meu corpo todo não me deixam mentir. Ficarei feliz se não estiver toda roxa amanhã.
    Que fique registrado, portanto: 14 de outubro de 2013, o dia que tomei uma surra de granizo - que, a propósito, DÓI PRA CARALHO!

2 comentários:

  1. gente. O.o
    vou fazer coro com a Ge: onde?

    (eu tive que ir no salão consertar a cagada que eu fiz no cabelo. haha)

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