quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A banal poesia contida em acidentes

     É possível aprender uma lição de vida em qualquer acontecimento banal ou eu que ando vendo o mundo mais profundo do que realmente é? Depois do dia infernal que foi a segunda-feira - baixa de pressão/quase desmaio durante o passeio de bicicleta de manhã e porrada de granizo a tarde -cheguei em casa da praia, com o rabinho entre as pernas e enrolada na canga imunda e encharcada. Fui tranquilizar minha mãe - que na verdade nem tinha se preocupado com o fato de eu estar na praia durante a chuva -, peguei a toalha de banho e fui pro chuveirinho externo tirar o excesso de areia.
    Somados, o vento gelado, o chuvisco persistente e a água fria me fizeram literalmente correr pro banheiro, em busca de um bom banho quente. Contudo, entretanto, todavia, mas, porém... Eu não contava com um obstáculo: o piso liso da garagem. Resultado? Me estabaquei. Aliás, ainda tô tentando entender porque diabos alguém coloca piso antiderrapante na cozinha/sala e não na garagem, mas ok...
    Decidi que depois do banho não levantava mais da cama e lá fiquei, pensando como as coisas sempre podem piorar. No caso, no meio do caminho tinha um piso liso, tinha um piso liso no meio do caminho, mas não se resume a isso. Quantas vezes, afetados por um problema, nos sentindo impotentes, achamos que tudo de pior já aconteceu? Não basta estar na merda, sempre existe uma variável que pode tornar tudo pior, tô aprendendo a não subestimar tio Murphy... Pôxa, já não bastavam os hematomas que as pedrinhas deixariam em mim, eu ainda precisava de dor no traseiro?

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